sábado, 26 de fevereiro de 2011


Falando de coisa ‘boa’
 Como falar aquilo que não, necessariamente, se quer dizer. Como falar aquilo que não se sabe com precisão. Como falar o que não, exatamente, quer se ouvir.
Como se comportar diante de um fim. Um fim doloroso em uma só vertente. A separação de amigos que viveram muito bem juntos. Uma separação prevista e determinada. Do fim de uma das coisas que mais importou em três anos. Nós. Nós, mas do nosso jeito. Nós, apesar das desavenças. E, agora, aqui, estamos diante dos resquícios de muito tempo de interação e de uma crença de que serão possíveis os reencontros.
E como, pois é bastante difícil, dizer as verdades de forma que não pareça ladainha ou clichê. Mas que o que seja dito, seja ouvido e concordado. Seja num choro contido. Seja num riso que expresse entendimento. Seja em pé, seja sentado. Seja tudo, menos um sinal de bocejo.
Não podemos considerar esses anos de risos e delírios como aquela coisa boa que todos nós sabemos o que é. Merda.
Poderíamos começar logo com o “em fim”, mas, hã, hã, Claudia, senta lá!
Quantas conjunturas de valor real como esse já se espalharam através de gerações. Quantas vezes o até logo deixou rostos carregados de emoção, de indiferença ou do sentimento de se achar pequeno demais para rir ou chorar tanto. E quantas vezes o tempo e os fatos já separaram amigos, até se tornarem estranhos uns aos outros. Até um dia se falarem como que pela primeira vez. Até os rostos serem reconhecidos, mesmo que depois de alguns minutos, quando a fixa cair, com surpresa e afeto. Até não termos tempo de dizer alem de um “oi, como vai”. Até não podermos ficar mais do que queremos. Até rirmos e nos lembrarmos do nosso tempo.
O quanto mudaremos? Até quando vamos rir das piadas repetidas, da queda de Arnaldo, dos apelidos de Juliene? Nós sabemos? Será para sempre ou até mais dois anos? E como não ser um passado, mas um presente constante. Como não termos como história apenas o que aconteceu, mas nos dermos sinais de vida de vez em quando.
Ok. Agora, vamos ver se podemos resumir tudo e concluir logo. Depois disso podemos comer alguma coisa e fingir que nada aconteceu. Se formos corajosos. E seremos. Mas enquanto isso nos entreolhemos e vermos o quanto já mudamos desde que nos vimos pela primeira vez. E vermos o quanto aprendemos juntos, de forma inevitável. E vamos atentar para os vários parágrafos seguintes:
Somos uma seleção. Não, mas não uma seleção de um simples processo federal. Mas sim uma seleção além do que entendemos. Além dos nossos sonhos. Somos o plano de Deus.
Podemos dizer que não somos inteiramente sãos, mas fomos salvos.
Somos aqueles que se identificaram seja que por algumas diferenças. Somos aqueles que descobriram que as intrigas são necessidades da amizade.
Somos um bando meio estranho. Somos impossíveis. Somos quem é forte e não vale nada, em um dos sentidos da palavra. Somos o resultado de uma formação lenta. Somos a conseqüência da junção de pessoas diversas em personalidade e opostas. Somos muito diferentes e assim pudemos alcançar uma espécie de equilíbrio. Mas um equilíbrio relativo. Com um conceito diferente e nosso.
Somos a verdade da relação entre as pessoas. Porém, de forma exagerada. Exagerada para os dois caminhos. Ninguém aqui é inteiramente na medida certa. Somos aqueles que como um todo nunca fomos irmão para todos os momentos. Somos quem caiu e não quis dizer a ninguém. Mas apesar disso, e simultaneamente a isso, somos do mesmo saco. É como se fossemos um e fossemos desunidos, como diria Karla Mariana. Somos como uma pessoa que não consegue entender a si mesma. Mas consegue andar e dormir em harmonia. Somos quem conversa sozinho e não tem respostas. Somos a pessoa que sempre quis se dá bem e luta por isso.
Somos assim. Mas só somos nós desse jeito, da maneira mais importante, quando estamos juntos.
Somos quem a principio foram vários. Fomos duplas, trios e quartetos. Alguns foram paquitos e outros, panteras. Já fomos ‘O geração eleita e o agregado’. Já fomos Xavix. Já nos denominaram ‘A turma do Gregory’. Já fomos ‘O Curral’. Hoje somos um fragmento da turma X’04. Somos um dos três grandes grupos que a turma se divide. Somos do meio pro fundão. Somos paralelos aos que poderiam ser chamados de bagunceiros se não fossemos tanto quanto ou até mais.
Ao longo de três anos, nós nos formamos, nos variamos e nos revezamos. Até sermos isto. Ao longo de três anos, alguns que hoje estão aqui preferiram rodear esse grupo, o que pode ter sido uma boa escolha. Outros entraram no grupo de forma espontânea. Outros tiveram sincero medo de entrar. Outros, nunca entraram, mas acompanharam. Outros imploraram para entrar.
Quem chegou meio atrasado estranhou muito, mas se adaptou logo. Nós nos atraímos porque tínhamos o mesmo objetivo, fazer do nosso pesadelo uma diversão. O objetivo de aliviar o tédio que os dias nos renderam. E fizemos isso muito bem.
Somos assim. Sem uma definição certa para dizer.
Formamos um time. Um time que é aberto e fechado. Um time afinado e afiado. Que não se importa com as distinções. Mas isso não significa a paz. Um time que é meio bastante fora dos padrões para alguns olhos. Um time que briga, discute sem necessidade, ri sem necessidade, conversa sem pregas, grita feito louco. Um time que se desentende. Porém, isso não implica na quebra de relação. E que individualmente somos quase nada, mas juntos somos além da conta e dos limites.
Formamos aqueles se permitiram transparecer pouco. Mas nos conhecemos bem o bastante para entender um olhar. Para perceber a expressão de tristeza, de felicidade, de elogio, de revolta, de desprezo, de carinho, de crítica. Para compreendermos a demonstração de tranqüilidade, de amor, de ânsia, de medo. Sim, funcionamos assim. Somos a mescla de defeitos e qualidades. Somos aqueles que sonharam em se livrar, suportaram e superaram. Somos divididos em quem chegou grandinho, em quem chegou engatinhando, em quem se viu nascer. Somos quem hoje se vê em pé. Quem hoje vê a possibilidade de andar por um terreno ainda desconhecido. O futuro.
Formamos aqueles que não conseguem parar de rir. Aqueles que riem na hora mais improvável e na hora errada. Podemos rir de nós mesmos sem problema algum. Podemos rir de algo, mesmo com todos os problemas do mundo. E podemos reconhecer que rir faz muito bem, mas também pode ser um tipo de insanidade.
Somos o povo que ri. Rimos de tudo. E quando se diz tudo, isso significa tudo mesmo, nesse sentido. Seja por palavra errada, de uma cara de poker, de uma lágrima, de uma gofada, de um apelido, de um professor sem pescoço. Por uma queda, por um erro de português, de uma briga, de um insulto, de um papel no cabelo, de um corretivo no rosto, de... tudo. É isso. Somos assim.  
Somos o povo que conhece o fundamento de que o respeito não se pede, não se exige, não se compra. Mas também sabemos que o desrespeito funciona da mesma maneira, ele vem depois de um tempo, com a intimidade. Somos o recorde. Temos o maior número de bordões, de fotos, de apelidos, de víboras. Temos entre nós quem mais escreve, quem mais corre, quem mais ri (o que é difícil de dizer), o que mais usa o banheiro, o que mais come livro, o mais descoordenado, o de sobrancelhas unidas, o que mais fuça, o que mais come biscoito, quem mais pede, quem mais maroca. Temos quem tem mais gula, quem é mais guerreiro, quem tem mais audácia, quem é mais sincero, quem é mais engraçado, mais sensível, mais responsável, mais persistente, mais insistente.
Somos um povo de pretos, amarelos, brancos, cor-de-rosa, vermelhos. Somos um povo que tem pinto, tem vaca, tem macaco e elefante. Somos, entre as palavras que seguem, algumas exceções. Somos honestos, trambiqueiros, imaturos, maduros, falsos, verdadeiros, santos, filhos, irmãos, amigos. Somos criativos, magros, gordos, fracos, fortes. Somos corajosos, covardes, medrosos, preguiçosos, comportados, parados. Somos kengas, separadas, najas. Somos da vida e não do mundo sem graça.  
Somos um povo que várias vezes se sentiu incapaz. Que várias vezes teve exaustão. Que teve vontade de extinguir, nem que por um mês. Que teve vontade de mudar de curso. Que não agüentava mais pressão. Que teve uma história digna de ser contada.
Vamos ouvir a história. Falta pouco:
Somos um bando que nunca imaginou em ser um bando. Isto é, fomos 2007. Tivemos um ano que nos importamos com uma só meta. Lutamos separados, mas não com o plano de nos unirmos.
Mas, no fim das contas, foi a melhor parte.
Um bando que foi 2008. Um ano de encontros, novidades, realização de uma aprovação, de conhecimento de um sonho que virou pesadelo, de dor, de confusão, de queda subjetiva e literal, de afinidades, de medo. Um ano que tivemos que enfrentar desafios. Que tivemos que enfrentar aquele que não mencionamos. Um ano que felizmente morreu.
Fomos o renascimento, isto é, fomos 2009. Fomos quem achou que seria um ano turbulento. Um ano difícil. Mas tivemos o ano mais divertido, por assim dizer. Fomos aqueles que sentaram e deitaram no chão, no meio do corredor. Fomos quem conheceu os professores mais bizarros. Os professores com mais manias. Tivemos esse ano decisivo e importante, onde realmente começamos a ser nós, do jeito que somos. Nesse meio ano, nos permitimos dormir muito, descansar no meio de alguma aula e ficar em claro algumas noites. E pudemos nos aproximar mais. E não hesitamos em inventar qualquer coisa para fugir do tédio. Para passar o tempo na escola. Seja com o UNO, seja com o baralho, com a mímica, dica, e até mesmo com o absurdo do IÁ.
Foi o ano em que muitos sentimentos continuavam, permaneciam ou floresciam. Todos eles em silêncio. Foi quando almoçamos juntos uma comida nada boa, e sofremos injustiças. Foi quando tentavam inutilmente nos iludir de que as coisas estavam sobre controle.
Fomos 2010. Um ano que, logicamente, começou sabendo que era limitado. Um ano de últimos ajustes. Que revelou personalidades. Que nos fez feliz. Que recebeu mais alguns membros. Que soube cumprir tabela e contornar situações.                                                                                                                                                   
Fomos um 2010 que se esgotou junto com a nossa disposição e com a nossa paciência. Fomos um ano que se aproveitou muito, mas que torceu para acabar o mais rápido possível. Um ano que parecia insistir em não acabar. Mas que acabou bem.
Hoje somos 2011. Um ano de transição. De visão de um futuro vivo, incerto e desconhecido. Mas acolhedor entre a crença dos anseios e desejos.  
E agora fica a pergunta: depois do tchau, quando nos veremos novamente?
Nós que nos vimos por quase ou mais de mil dias. Agora, quem, na manhã em que abrir os olhos não agradecerá pelo meio-fim e sentirá um vazio enorme, quando sacar que acabou.
É, mas a lacuna não é tão grande. Porque, deixamos, inevitavelmente, um pouco de nós em cada um de nós. Lembraremos do nosso tempo como um tempo que valeu a pena. Como um tempo que não foi perdido. E porque não, um tempo feliz. Por mais que tenha doido em muitos, senão em todos, vários momentos. Mas como não rir de tudo. Como não rir das banalidades e das coisas impossíveis de não rir.
Somos tudo o que foi dito, mas não com os sentidos maléficos. Somos aqueles que entre nós há fortes, há fracos. Há quem terá dificuldade de despedir, há quem se conterá, há quem rirá, há quem ficará indiferente, quem será corajoso para dizer ‘te amo’, há quem não conseguirá dizer nada.
Sim, somos assim. Somos difíceis. Somos como as perguntas escondidas nas entrelinhas, ocultas e sem respostas. Somos assim. Somos aqueles que tiveram a alegria de uma viagem importante. Somos aqueles que têm coisas guardadas para dizer. Que têm anseios explícitos ou não. Aqueles que têm que partir, porque a vida continua acelerada.
Somos quem algumas vezes se viu chorar, seja que por uma paixão ou compaixão, seja que por um problema ou uma briga. Seja por uma oração silenciosa.
Somos quem nunca concordamos uns com os outros. Mas tomamos decisões boas para todos ou maioria. Somos aqueles que sabem que as circunstâncias e o ambiente têm influência sobre nós. Mas somos responsáveis por nós mesmos. Somos aqueles que têm linguagem própria e interna. Somos quem teoricamente sempre seremos nós. Mas, na realidade, sabemos que nunca mais seremos.
Somos quem vai partir, olhar para trás e querer dar outro abraço. Aqueles que têm a sensação de como se pudesse dizer mais alguma coisa, que não se sabe exatamente o quê. Que vai sentir como se algo estivesse pendente. Quem se lembrará como parceiros. Quem será sempre o que restou de uma relação eterna. Somos nós desse jeito. Somos exatamente sem explicação exata. Somos simplesmente nós, bons ou ruins.


Aos melhores, #04.
Maurício Harison.
I would give anything I own...
Will give up my life, my heart, my home.
I would give everything I own...
Just to have you. onceagain.

sábado, 1 de janeiro de 2011

No need to say goodbye ♪

"I know the road looks lonely but that's just Satan's game and either way my baby we'll never be the same... And I know that love will change us forever, and I know that love will keep us together, and I know, I know there is nothing to fear and I know that love will take us away from here. In the blink of an eye everything could change. Say hello to your life now your living this is it from now on. It's a brand new day it was time to wake up from this dream ♪" - Madonna (Intervention)


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É, está acabando, ou melhor: Acabou. Acho que talvez vocês nunca saibam as marcas que irão deixar na minha vida ou a forma que me fizeram crescer nesses ultimos três anos. Obrigada, é. Obrigada por me ouvirem (thais), por me fazerem companhia (maurício) ou por simplismente me emprestarem um ombro (thailon), tudo o que vocês fizeram vai ser levado comigo pra sempre. Todas as tardes na nossa pseudo-ponte, brincando de "n" coisas, sejam elas uno, baralho, dica, mímica, dominó... todas as piadas sem graça, todos os relatos idiotas... Vou sentir falta das cantorias fora de hora de Raimundo, da dança do ventre da Ju, dos bolos da Mandy, de andar pelos corredores com a Bade, de bater no Maurício, de ficar de pendência com o Paulo, de contar minhas dores pra Thais, e de poder tentar entender as dela, de escutar aas piadas sem sentidos da Karla, que deixam todo mundo com aquela cara de:" Ahn? '-' " KKKKKKKKK, de colar do José, de vir pra casa com o Honório, de brigar com a Carlinha por dar em cima do meu homem (grr/), do Andrey com seus ataques estéricos e suas tremedeiras, do 'meu marido perfeito' que sempre me faz companhia, que curte Alanis, Nirvana, Depeche, R.E.M., Garbage and ohters, me dá colo, ombro, tudo o que eu pedir... além de ser muito idiota e me trair com a Carla. Falei. Todos esses dias, sejam eles tardes, manhãs e até noites, vão ficar gravados em meu cerebro e dificilmente serão apagados... Cada gesto, cada cuidado, foi potencialmente importante. Vocês devem estar se perguntando: "Por que essa garota só se lembra dessas coisas bestas? Quão idiota ela pode ser? Eu te respondo: "Não, seu babaca. O que deve ficar gravado são as pequenas coisas, as bobagens do dia-a-dia... Aquilo que ninguem espera que vão fazer/falar, mas que marca uma tarde inteira, sem dúvida, como uma simples ida ao terminal pra fazer um trabalho.. (tenso)".  São as pequenas coisas que me fazem amar vocês, sim, por que eu amo vocês, e sempre vou dizer isso, é só me perguntarem e esperarem a máscara de durona cair. É. Sentir saudades será inevitável; doer, é claro que vai. Mas terei sempre a certeza que tive a melhor adolescência possivel, ao lado de pessoas sinceras, companheiras e amigas. 
Muito Obrigada. ♥♥♥

Primeiro post, er.


Como toda e qualquer coisa na vida, tudo tem um começo, seja ele sofrido ou não. Não sei por que motivo hoje deu em minha cabeça a vontade de escrever coisas que estavam entaladas em meu peito e em minha garganta, acho que foi somente a vontade de deixar assim, meio visível, o que eu realmente sou para pessoas que não me conhecem, as que acham que me conhecem e que eu também nem faço muita questão de conhecer, apenas para evitar julgamentos ferrenhos. Estou exausta de ser a garota a qual os outros se referem como chula ou fútil, a qual nunca tem sentimentos, aquela que é amiga acima de tudo e até a que nunca comete erros. A garota da qual são esperados os melhores resultados, porém que só quer um pouco de tempo pra fazer tolices e poder rir das mesmas depois, que só quer pegar o ônibus errado, e ficar perdida em algum lugar e com isso conhecer além do que está limitado à ela. Aquela que queria que tudo fosse mais fácil do que geralmente é, que gosta das coisas mais simples como ceder um ombro, ouvir música e rir sem pretenção. Não tenho medo de admitir que tenho muito medo, medo de tudo. De mudanças, de envelhecer, de perder pessoas importantes, perder o contato com outras pessoas, de fazer escolhas erradas, de não ver o que está bem na frente da minha cara (e eu geralmente percebo tarde demais), de ser injusta, de "n" coisas... E tudo ao mesmo tempo. Só queria que fosse explícito esse meu medo, só queria não parecer forte demais, dura de mais, sem coração demais, queria parecer para todos o que eu realmente sou: criança, fraca, medrosa... Pra que desse modo, ninguem esperasse de mim coisas que eu na verdade nunca poderia suprir... 
Bom, acho que já deu para esclarecer o mínimo possível sobre a vossa mais nova blogueira (rs) - egocêntrica, desbocada, indie (q), fechada e imcompleta. - Se acha que aqui você vai encontrar situações bem resolvidas, exemplos de vida e "otras cositas más" acho melhor fechar essa página e ir procurar outro blog pra ler, por aqui você só vai achar mais e mais problemas (liarliarliar#
Por hoje é só, the end.
repostando...